sábado, 28 de fevereiro de 2009

Composições novas: solarizadas

É mania? É vício? É nada o que fazer?

Nem uma coisa nem outra. Mas é uma vontade imensa de deixar para a posteridade algo nosso e também uma vontade imensa de falar o que tenho que falar.

Nem bem acabamos de gravar o CD Descontrução e já comecei a pensar no próximo - este é o processo que uso: componho durante o ano todo, analiso um tema central do CD e organizo os sentimentos em cima deste, compondo algumas coisas boas, outras nem tanto e que morrem pelo caminho.

Em uma visão retrospectiva poderia pensar nos 3 CDs, somado ao projeto paralelo Mosaico, uma busca por aprender o processo de gravação em um estúdio caseiro - o famoso SBDS (embora a Lu fique rindo por eu cismar em colocar o D no nome do estúdio, mas isto é uma questão de gosto). Além disso, um aprendizado sobre o tom ideal de minha voz, brincadeira com palavras, ritmos e sons. Nesta brincadeira até um samba surgiu, e não ficou tão ruim quanto pensei ficar.

Pois bem, o primeiro, com o título de UM foi um processo natural de nascimento: registrar velhas músicas, muitas conhecidas da época do The Miners, e também aprender a gravar. O processo foi aprendido, muito embora com dificuldades, dúvidas, incertezas e falta de instrumentos adequados. O resultado não foi ruim, e nasceram 22 músicas incluindo a fantasmaticamente composta em 5 minutos (e gravada em 5 minutos) "Jasmim", um hit para o Gui :-)

O segundo, DESCONSTRUÇÃO, foi a busca de algo diferente. Experimental em melodias, letras, sons (teclados em pedaleiras de guitarra e processadores de efeitos em software - isso porque nos falta ainda um sintetizador bom), theremin e outras coisas mais que prefiro nem comentar (não acreditariam mesmo se falasse que até arroz entrou na jogada).

Os dois primeiros seguem a linha comum de qualquer 2 primeiros CDs: um pop, com algumas músicas introspectivas e com "sonoridade conhecida". O segundo, experimental, como deveria ser, cheio de dissonâncias e sons diferenciados, texturas e moods distintos.

E o terceiro? É o retorno a 2001: The Miners. Músicas solares, iluminadas, alegres, pra cima, pops sem ser clichê. A profundidade nas letras contrasta - ao menos penso eu e também nossa produtora musical - com a fluidez, ritmo e alegria expressa nas linhas melódicas. Nome? SOLAR. Bom para ouvir na praia, como eu mesmo pretendo definir e compor.

É isso! Daqui a pouco eu solto algumas poucas coisas que já estão sendo processadas e concluídas. A primeira letra gravada é "Império do Efêmero".

Abraços!

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

CD Desconstrução: Arte do CD

Ficou pronta a arte do CD. Depois de umas 8 tentativas (incluindo bichinhos bonitinhos de pelúcia sendo passados em máquina de moer carne), finalmente "encontrei" a arte e um texto duca para ilustrar as músicas deste novo trabalho. Está aí para apreciarmos.